quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Desculpas...

Ele tentava pedir desculpas, tentava falar que foi sem querer, mas ela não o perdoava de jeito algum.

- Amor, me perdoa, eu nunca mais farei isso.

- Não tem como! O que você fez é imperdoável! Mulher nenhuma no mundo poderia perdoar um absurdo desse!

- Mas querida, foi algo totalmente sem importância.

- Sem importância?! Sem importância para você! A mim magoou profundamente!

- Desculpa, eu não sabia que ia te magoar tanto, porque eu te amo...

- Me ama? ME AMA?! Se me amasse de verdade, nunca teria feito isso! Que canalha!

- Já falei, eu não sabia que isso significava tanto para você. E eu juro que isso nunca mais acontecer.

- Não adianta! Uma vez é o suficiente. E quer saber de uma coisa? Eu quero o divórcio!

- Divórcio, amor? Por causa de uma besteira dessas? Como assim? Como você quer jogar 20 anos de casado no lixo por causa de uma bobagem?

- Sim! É o que você merece! Quando você me perder, vai ter tempo o suficiente pra pensar no que fez.

- Amor, eu já pedi desculpa. Para com essa ideia de destruir nosso casamento por causa de uma coisa tão simples. Pense nos nossos filhos!

- Eu estou pensando neles! Principalmente no Junior! Eu não quero nem imaginar ele crescendo com um pai que faça esse tipo de coisas com uma mulher!

- Não fala assim, amor. Eu já estou me sentindo muito mal com isso... Não precisa falar assim.

- Preciso sim. Para você aprender! E quer saber? Hoje você não dorme aqui. Faz sua mala e rua! Vai pra casa dos seus pais, de algum amigo ou hotel, mas hoje a gente não dorme debaixo do mesmo teto!

- Amor...

- Nada de amor! Pode sair!

- OK... Mas pelo menos me promete que amanhã a gente senta e conversa melhor sobre isso tudo? Por favor? Pelos nossos 20 anos juntos, pelos nossos filhos.

- Pode ser, mas eu não prometo nada. Depois a gente se fala.

(ele sai de casa)

- Ô dona Helô, que que houve entre a senhora e o doutor Maurício?

- Ele me desrespeitou! Me humilhou! E ainda teve a audácia de prometer que não iria fazer de novo! Que ridículo! Acabou tudo entre nós. Como eu posso confiar num homem que pergunta se eu tenho certeza se devia pegar mais um bombom da caixa?!